Antonio Silvio Lefevre

ANTONIO SILVIO LEFÈVRE

Da tela da TV Tupi até os dias de hoje, minha colaboração para jornais e sites foi reunida aqui.

Antonio Silvio Lefèvre como intérprete do Pedrinho
no Sítio do Picapau Amarelo na TV Tupi (1953)

REPRODUÇÃO DA PÁGINA DO MUSEU DA TV

Antônio Silvio Lefèvre nasceu na capital paulista, em 18 de junho de 1943. Foi ator mirim, mas depois se afastou, embora continue sempre com atividades ligadas à arte.

Desde menino, gostava de arte. Foi bastante influenciado por seu avô materno Benjamin Fineberg, pioneiro de cinema no Brasil. Ele era representante da empresa americana: “Metro Goldwin Mayer”. E abriu várias salas de cinema, na capital paulista, tais como: O Metro, o Art Palácio,o Ipiranga. E era também sócio da “Empresa Cinematográfica Maristela”, pioneira de filmes brasileiros e onde trabalharam inúmeros dos melhores atores, entre eles: Procópio Ferreira, considerados por muitos, o melhor.

O garoto Silvio era fascinado por cinema e arte. E o pai, o médico Antônio Branco Lefèvre era amigo do também médico Júlio Gouveia e de sua esposa Tatiana Belinky; Estes dirigiam o TESP – Teatro Escola São Paulo, que, apesar de ter sido criado para o teatro, encaminhou-se para a televisão.

E lançaram o programa, que se tornou famoso: “Sítio do Picapau Amarelo”. Um dia Tatiana, vendo o menino Silvio, com cerca de dez anos, disse: “Esse é o Pedrinho que eu quero”. E o pai de Silvio não pode dizer não. Assim Silvio, após breve teste, tornou-se o primeiro (*) “Pedrinho “, do seriado. O pai de Silvio, logo teve que comprar um aparelho de TV, pois não o tinham e a família se reunia, para ver o garoto na televisão. Mas isso não durou muito, pois os pais temeram que a atuação artística prejudicasse os estudos do garoto. Foi quando Silvio Lefèvre foi substituído por David José, no seriado.

O garoto Silvio ficou triste, mas obedeceu aos pais. Silvio continuou seus estudos, pensou em ser médico como o pai, prestou vestibular, entrou, mas se interessou por política. “Fui preso, em 1964, pelo Golpe Militar, então fugi e me refugiei em Paris”, comenta Lefèvre.

Quando voltou ao Brasil, anos depois, já formado em Sociologia, pela Sorbonne, trabalhou no mundo editorial, na Editora Abril, e em agências de publicidade, como a Leo Burnett, a Ogivlvy & Mather, a Propeg. E ainda na Credicard. Depois disso abriu o próprio negócio, no ramo editorial: “Edições Sobornost” e também inaugurou a Livraria Resposta, livraria virtual, com foco em ciências humanas e na área de saúde.

Embora tendo deixado cinema e TV, Antônio Silvio Lefèvre sente saudade e emoção, ao lembrar dos amigos do TESP e da TV Tupi, a pioneira.

Foi casado com Silvia Pollhammer e posteriormente com Sonia Novinsky. Tem 4 filhos e enteados e 4 netos.

(*) Observação: no site do Museu da TV apareço como primeiro Pedrinho. Posterirmente, a equipe de Cleo Monteiro Lobato descobriu que, na verdade, eu fui o terceiro…. Veja meu artigo corrigindo o erro, no site Lobato.com

Fotos selecionadas do Sítio do PicaPau Amarelo na TV Tupi com Antonio Silvio Lefèvre interpretando o Pedrinho
Nas diversas cenas aparecem também a boneca Emilia (Lucia Lambertini), Narizinho (Lidia Rosenberg), Dona Benta (Suzy Arruda), Tia Nastácia ( Benedita Rodrigues), o Visconde de Sabugosa (Rubens Molino), Tio Barnabé ( ), o Saci Pererê (Paulo Matozinho) e outros personagens.